“A inovação distingue um líder de um seguidor”.
Quem disse isso foi Steve Jobs, o gênio da tecnologia que revolucionou o modo como utilizamos nossos smartphones. Antes dele, era difícil imaginar que praticamente tudo (desde música até câmera fotográfica) caberia dentro de um aparelho celular.
Assim como Jobs, diversos outros líderes criativos construíram seus legados a partir de um descontentamento com os padrões antigos e uma grande vontade de inspirarem outras pessoas a buscarem novas soluções para problemas antigos.
Ao fundar a Uber, Travis Kalanick revolucionou a mobilidade urbana no mundo. Outra revolução, desta vez no ramo hoteleiro, deu origem ao surgimento da Airbnb, graças à visão inovadora de Brian Chesky e Joe Gebbia.
O modelo ágil de gestão praticado por esses e outros fundadores de startups de sucesso acabou sendo replicado por outras empresas mais tradicionais, que, buscando se tornarem mais competitivas, passaram a priorizar lideranças criativas e inovadoras.
A criatividade é atualmente uma das características mais desejadas para os líderes do século XXI, segundo estudo realizado pela IBM com 1.500 CEOs (Chief Executive Officer, termo utilizado para se referir ao presidente de uma empresa).
E, afinal, o que diferencia um líder criativo dos demais?
Inicialmente é possível perceber que líderes criativos são movidos por um misto de inconformismo aliado à constante necessidade de mudar tudo (e todos) à sua volta.
Suas ações são influenciadas diretamente por um mindset inovador, já que este líder é obcecado em antecipar o futuro, sugerindo mudanças que, para outras pessoas, podem parecer fora da realidade, até que ele prove serem possíveis.
Por ser um gestor normalmente atento às novas tendências, o criativo está sempre observando as ideias de gestores renomados, para replicá-las em suas equipes.
A intenção dele não é copiar as inovações de outros líderes, mas incentivar o debate saudável entre os seus funcionários.
Não existe liderança criativa sem um ambiente de cooperação e de diversidade de talentos.
Quando forma equipes compostas por profissionais com diferentes competências e habilidades, o líder criativo está priorizando a livre discussão de ideias e incentivando seus profissionais a se atualizarem quanto às últimas inovações do mercado.
Seu foco não é propriamente os resultados, mas as pessoas.
Na política, um dos maiores exemplos de líder criativo é Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos.
Considerado um dos maiores oradores da história, Obama sabia utilizar seu carisma e sua empatia para encantar multidões com seus memoráveis discursos.
Quando participava de programas de televisão, aproveitava cada minuto disponível para encantar mais pessoas, nem que fosse ensaiando uma dancinha.
Obviamente um gestor de uma empresa não precisa sair dançando dentro do escritório para servir de inspiração aos demais.
Basta a ele estar atento aos aspectos humanos de seus funcionários, mais do que somente às suas habilidades técnicas ou comportamentais.
Deve, sobretudo, valorizar cada ideia que lhe é trazida, buscando esclarecer o quanto ela é viável para a realidade da empresa.
Dentre as principais características que este tipo de líder deve ter, as principais são: capacidade de gerenciar crises, inteligência emocional na tomada de decisões, curiosidade intelectual e capacidade de desenvolver hábitos criativos dentro de suas equipes.
E como um líder criativo pode incentivar a criatividade no ambiente de trabalho?
- Incentivando situações de “erro e tentativa”;
- Não buscando a perfeição, mas sim a excelência;
- Incentivando discussões de ideias por meio de brainstorming;
- Mudando constantemente o foco das atividades;
- Realizando um job rotation entre os membros de sua equipe.
Para o líder criativo, “pensar fora da caixa” é saudável, mas os riscos devem ser calculados.
Este tipo de gestor atua sempre no sentido de manter seus profissionais constantemente motivados e dispostos a inovar, deixando-os cientes de que todo negócio bem sucedido é resultado direto de diversas tentativas anteriores e da correção de eventuais erros.
Percebe-se, com tudo isso, o quanto é essencial às empresas o desenvolvimento de líderes criativos, que estejam prontos para lidar com as constantes inovações digitais e com aquelas que ainda virão.
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